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UM FUTURO DE PRESENTE PRA CAPITAL DE 1930: cidade ganha proposta de Agenda 2030 local com viés ecofeminista e antirracista

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Aos 90 anos, Goiânia está na contagem regressiva para seu centenário em 2033. Mas 3 anos antes disso, será completado os também 100 anos da Revolução de 1930, fato político histórico que permitiu a construção arquitetônica e social em 1933 da nova capital de Goiás.

O coletivo “Goiânia, Capital de 2030”, surgido em 2021, é um projeto de reposicionamento da identidade urbana de Goiânia por meio de educação e comunicação social, ambiental, museológica e patrimonial. Visa autenticar e amalgamar os diversos fragmentos de elementos identitários do imaginário e da memória coletiva da cidade, enquanto capital planejada, símbolo do urbanismo e ambientalismo moderno, e da Revolução de 30. Ideários que foram relativamente comprometidos com o aumento da expansão urbana desordenada, amiúde, por meio de desafetação de inúmeras áreas públicas verdes, mas que são passíveis de serem restauradas, a partir de um plano de cidade menos eugenista e elitista, que ao invés de ser “diretor”, com regras mirabolantes para criar exceções a regra (como o caso do instrumento da outorga onerosa), seja dirigido pela população, de forma participativa, a partir do seu saber local.

Apontando para uma perspectiva de passado que sinalize para o futuro (“retroperspectiva”), em 2022 foi criado o grupo de trabalho “Goiânia 2030” para pensar coletivamente, no contexto e na escala local, uma atuação multidimensional e interdisciplinar na resolução das questões globais defendidas pela ONU como prioritárias, no caso, os 17 ODS (Objetos de Desenvolvimento Sustentável).

Ecofeminismo e Atirracismo Ambiental
O GT “GYN 2030″planteia que as parcelas da sociedade mais vulneráveis socialmente (mulheres, negros, bem como, trans, idosos e deficientes p. ex.), são as mais impactadas pelo desequilíbrio ecológico causado pela atual previsão e tendência de aquecimento global. 
Nesse sentido, os objetivos e metas da Agenda 2030 municipal que o grupo pretende desenvolver tem interseccionalidade com a pauta do eco(trans)feminismo e do antirracismo ambiental, que são abordagens biossociológicas que tentam trazer aspectos sexuais e raciais para dentro do campo analítico e reivindicatório das lutas pela preservação da diversidade biológica e cultural (direito à vida e à diferença).

Texto por Fred Le Blue Assis (idealizador do Goiânia 2030)

Foto: Artetetura e Humanismo

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