Uma das coisas que mais nos aborrecem na internet de hoje é sermos bombardeados por um sem número de informações não checadas e aparentemente aleatórias que nos chegam com a premissa de nos ensinar rapidamente algo muito importante segundo algum “coach” da moda.
Mas vamos lá; assumimos o risco e tentaremos traçar algumas linhas das reflexões que desvairadamente insistem em cruzar a mente nas meditações do “modo ócio de ser”.
Você certamente já obteve a informação de que não vemos realmente as cores, porque um monte de pessoas fala isso por aí e algumas, coachs é claro, até falam com um tom de novidade. E isto é uma verdade mesmo: as cores não existem fisicamente e esse ponto que nos serve para a ignição do pensamento.
As cores, tais como são interpretadas pelo nosso cérebro, seriam tão somente a reflexão de uma extensão, pequeníssima, da luz presente no ambiente. O objeto que interpretamos através do olhar assume uma cor ao conseguir refletir determinado espectro da luz, e é só isso. Nossa mente nos diz que existe uma cor vermelho para que possamos nos orientar com relação ao nosso universo e assim facilitar um pouco esta relação e nossa sobrevivência.
Certamente você já ouviu falar de seres humanos daltônicos, não é?
Naturalmente não será necessário que se comente a respeito das ondas sonoras e da nossa capacidade de decodificação das mesmas para sinais e simbologias que nos servem do mesmo modo. Nem mesmo lembrar que alguns sons são simplesmente inalcançáveis pelos sentidos humanos.
O que talvez seja uma novidade pra você é que a maré não sobre; não existe uma maré cheia. O que existem são bolsões de água que se mostram mais elevados em determinados pontos do planeta somente pelo fenômeno da atração gravitacional exercidos pela lua e pelo sol. Sim. A maré cheia está no nosso imaginário e nós simplesmente “passamos” por estes bolsões durante o movimento natural do planeta em sua dança no cosmo.
Ah, mas e isso tudo o que tem a ver com o título do texto?
É aqui que eu a coisa fica interessante em nossa opinião. É aqui que temos algo que pode ser um segredo pra você e, se for um segredo, será chocante. A matéria do seu corpo não existe como estado sólido completo. A matéria de seu corpo é um agregado de partículas atômicas que se mantêm na órbita uma das outras através de atração por parte de energias que as circundam.
Isto é sabido de todos na intuição já que somos ensinados a entender a matéria como mutável, algo a ser composto, decomposto e recomposto no universo todo. Mas a meditação que queremos propor é exatamente sobre o fato de que seu corpo é um agregado de energias condensadas que orbitam outras energias por obra e graça de ainda outras energias que atraem as partículas todas simultaneamente. O seu corpo é somente energia agregada num padrão que, grosso modo, quase pode ser tomado como aleatório.
Então quem somos de verdade? De verdade mesmo somos somente a construção mental consciente, e muitas vezes inconsciente, que fazemos de nós mesmos. Você só é o que você consegue representar para o imaginário do seu semelhante; a pura e simples significância dos seus atos na construção do que você chama de sua vida.
Você é uma construção sempre em andamento enquanto a física luta pra manter coesas suas partes subatômicas na configuração atual. Você não tem sequer o seu corpo como domínio próprio porque ele pode e deve se desmaterializar a qualquer momento, decompondo e recompondo novamente com o universo. E deveria ser grato por isso, pois fazer parte de um universo tão maravilhoso é muito mais do que a nossa consciência atual merece, concorda?
Se puder concordar com pelo menos a metade de tudo isso então gostaríamos muitíssimo que você tirasse um tempinho para se responder, somente a si mesmo, uma pergunta que tem se tornado crucial para o nosso desenvolvimento psicológico, social e espiritual nesta vida….
Se não somos donos sequer das moléculas de nossos corpos e não podemos determinar nossa pessoalidade além do que podemos apresentar com nossas ações diante do mundo, por que tanta gente está sempre competindo desvairadamente por posses materiais que serão ainda mais efêmeras do que a matéria do seu próprio corpo?
Que sentido pode ter esse nível de competição?
Boa semana para todos nós!
Comments are closed.