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Bremangê Vilaboense é uma sobremesa de fim de ano-Coluna Cantinho da Culinária Goiana por Rafael Lino Rosa

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Como fazer:

Para o creme
Levar ao fogo
1 litro de leite
dissolvido com 4 colheres ( das de sopa rasas) de maizena
1 vidro grande de leite de coco
1 lata de leite moça
O segredo é que fique um creme e que esse creme não fique duro.

Preparo:
Leve ao fogo brando mexendo sempre até engrossar.
Engrosse e coloque em um pirex
A parte faça uma calda com 1 xícara de açúcar e 1/2 de agua até ficar cor de caramelo adicione as ameixas sem caroço duas colheres de conhaque ou Rum e deixe engrossar. Esfriar completamente.

Para o merengue
Bater em ponto de neve 4 claras e acrescente 4 colheres de açucar ( se achar do açúcar empalpável melhor) ainda batendo coloque um pouco da calda da ameixa, raspinhas de limão, pode por algumas ameixas que foram cozidas bem macias. Também fica uma delícia.

Montagem. No Pirex ou na Terrina.
Todo o Creme.
Todo o merengue e cobre com o restante da calda.

Curiosidade:
Bremange, Bremanger, é uma vila no município de Bremanger, no condado de Vestland, na Noruega. A vila está localizada ao longo da baía de Bremangerpollen, no lado oeste da ilha de Bremangerlandet. A vila de 0,6 quilômetros quadrados tem uma população de 407 e uma densidade populacional de 6,78 habitantes por quilômetro quadrado. Ou seja, quase ninguém. É um vilarejo muito pitoresco e que guarda uma natureza exuberante. A sobremesa foi criada em 1930 pelo cozinheiro do Palácio do Catete no Rio de Janeiro para receber a visita dos cônsules noruegueses.

Ele se baseou no manjar de Coco muito apreciado por Getúlio Vargas e incrementou com um merengue mesclado de ameixas em calda. As sobremesas geladas eram muito chiques nas primeiras décadas de 1900 pois não havia eletricidade em todo lugar e tampouco refrigeradores. Era uma coisa chique. Bom, até onde eu sei, essa é a história dessa sobremesa.

Já meu amigo Dr. Fernando Cupertino diz que o famoso “Blanc-Manger” do francês que o vernáculo aqui no sertão de Goiás castigou severamente e deu nome a essa sobremesa carioca feita pra homenagear o vilarejo de Bremange aqui; O que deve ter deixado nosso cozinheiro do Palácio do Catete numa raiva danada. Era uma das sobremesas preferidas de Tia tó e de Hecival Alves de Castro ambos já partiram de nós e tive o privilégio de fazer algumas vezes pra eles. É dessas coisas que a gente escuta e guarda num saco de inutilismo pra se usar uma vez na vida e nunca mais.

Texto e pesquisa do Prof. Dr. Rafael Lino Rosa- Culinarista regional goiano.

Foto- Acervo do Prof. Dr. Rafael Lino Rosa

Rafael Lino Rosa é colunista do Jornal Imprensa Criativa, responsável pela coluna “Cantinho da Culinária Goiana”. Toda semana ele fala sobre a gastronomia do Estado de Goiás, mostrando o melhor da culinária.

Professor Dr. Rafael Lino Rosa é goianiense, é Filósofo com licenciatura plena pela UCG. É mestre e Doutor em Ciências da religião pela PUC-GO. Além de Teólogo , pesquisador, e escritor com quatro livros publicados sobre a religiosidade do povo Goiano e do Vilaboense. Possui uma página no Facebook desde 2013, destinada a troca de conhecimento sobre a cultura goiana. “O Cantinho Goiano” Gastronomia, Artes e Cultura. Com mais de 20 mil membros. Rafael Lino Rosa é Comendador do Estado de Goiás pela Ordem do Mérito Anhanguera pelos relevantes serviços prestados continuamente sobre a cultura do estado. Foi colaborador da Obra Cozinha Goiana de Bariani Ortencio tendo receitas de suas pesquisas publicadas nas últimas edições do livro. Atualmente é professor da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle da Cidade de Goiás, cronista e colaborador em diversos jornais e periódicos no Brasil. Reside na Cidade de Goiás.

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