Sobras e Sombras
Sei que sempre serei solitária.
Sigo sozinha seguindo meus sonhos.
Sementes semeadas em meios sombrios.
Sinto que a sorte sumiu, seguindo sentido sinistros,
Sem saber sobre minha sina.
O Sol serpenteia em meu rosto sereno.
O céu celebra ceia de sangue de um suposto sepultamento seguido por cínicos.
Sinetas sinalizam uma solene serenata,
E eu sangro em silêncio.
E eu sumo e sigo em soslaio com as sobras das sombras do cerrado que sobrepõem meu ser patético.
Poema de Helena Damásio
Trago, com enorme prazer, para a publicação de hoje, essas linhas poéticas da querida vila-boense Helena Damásio. Há alguns dias, conversando com Helena, a elogiei por um texto seu que eu havia lido. Ela, modestamente, respondeu que rabiscava alguma coisa. E quão belos rabiscos são! Eis aqui, para quem quiser conferir.
Helena Damásio é natural de Goiás, onde vive atualmente. Em 1986, ingressou na primeira turma de policiais militares femininas e durante sua trajetória atuou em diversas frentes, sobretudo no policiamento de escolas. Atuou no comando do Colégio Militar da cidade de Rio Verde e foi chefe da seção de Direitos Humanos da instituição Na área acadêmica, tornou-se Bacharel em Direito pela UFG; realizou o Curso de Direitos Humanos Internacional pela Cruz Vermelha Internacional; fez Especialização em Segurança Pública em Minas Gerais; e Pós Graduação em Segurança Pública pela PUC. Atuou, ainda, como membro do Conselho Estadual da Mulher. Hoje, dentre outras atividades, Helena é membro do Coletivo de Autores e Autoras Vila-boenses e nos presenteia com Sobras e Sombras.
Espero que gostem e que sintam toda a poesia de cada palavra tecida nesse texto.
Um terno abraço e até a próxima.
Texto por Maria Alexandrina de Castro
Foto do acervo pessoal de Helena Damásio
Maria Alexandrina é responsável pela coluna “Literatura do Coração do Brasil”; ela é escritora, contadora de histórias; microempresária, proprietária da ArteVida.
Produtos Artesanais, Artísticos e Culturais; membro do Conselho Municipal de
Políticas Culturais (CMPC), ocupando a cadeira de literatura; integrante do coletivo de autores e autoras da cidade de Goiás.
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