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Especial do dia da mulher: Riviane Dias, é uma pessoa com nanismo que faz parte do Núcleo de Acessibilidade da UFG Câmpus Goiás

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Ela conta sua história de superação, inclusão e representatividade como uma mulher com nanismo

História e sua ligação com a cidade de Goiás

Riviane mora na cidade de Goiás desde 2015, ela se mudou para Goiás, para estudar em busca do  sonho de fazer o curso de Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Federal de Goiás- Câmpus Goiás.

Eu gosto de Goiás porque é uma cidade tranquila, em relação aonde eu morava Tudo é muito perto, ainda tem que melhorar na questão de acessibilidade. E aqui eu fui muito bem acolhida e vou seguindo minha vida aqui”, diz Riviane.

Um dos principais desafios da pessoa com nanismo, além da questão de locomoção pelas ruas e calçadas, é em casa, muitas vezes o desafio é alcançar algo que está no alto. Há outras questões

A estudante de arquitetura ainda está se acostumando com o clima da antiga capital do Estado de Goiás, ela tem dificuldade para se adaptar ao calor intenso em algumas épocas do ano. Ela gosta muito da paisagem da cidade, gosta de andar na cidade e de conversar com as pessoas.

Riviane conta que o seu curso e a UFG apoiam e incentivam a acessibilidade, ela participa desde 2018 como membro do Núcleo de Acessibilidade da UFG Câmpus Goiás:

“No curso de arquitetura somos incentivados pelos professores a fazer projetos visando acessibilidade, com espaços confortáveis para deslocar com a cadeira de rodas, espaços que sejam minimamente suficientes  para a pessoa entrar, se deslocar, se movimentar ali, seja com a cadeira de rodas, seja com uma muleta, espaços que tragam conforto e segurança  para aquele usuário com deficiência física.”

“A gente aprende muito na faculdade, a projetar ambientes que agreguem, tanto as pessoas que não têm deficiência como as pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.”

O que é o nanismo?

Existem vários tipos de nanismo O mais comum, que se aplica à condição da Riviane é a Acondroplasia, uma mutação no gene FGFR3, é uma mutação genética que causa o nanismo, que causa baixa estatura.

As pessoas com essa condição tem abaixo de 1,40m de estatura, no caso da Acondroplasia, ela tem como característica o tronco proporcional. Riviane tem um tronco do tamanho do tronco de qualquer pessoa, porém, os membros inferiores e superiores, que são os braços e as pernas, são curtos.

E as pernas, elas têm uma curvatura acentuada, pode-se perceber consegue no andar da pessoa com nanismo, há também uma alteração no crânio. Essas são as características da Acondroplasia, o tipo mais comum de nanismo. Então, o nanismo é uma deficiência não hereditária.

Riviane explica que o nanismo pode ser também hereditário  :

“O nanismo pode ser hereditário, tem grandes chances, mas no meu caso, ela não era hereditária, os meus pais não tinham nanismo. Minha família, ninguém tem nanismo, pode ser que meus filhos tem nanismo ou não.”

A estudante de Arquitetura participa de uma comunidade que tem crianças que nascem em famílias que ninguém tem nanismo. Ela explica que:

“Se tiver um adulto com nanismo e vai ter uma criança, ele tem uma probabilidade de 50% da criança nascer com nanismo, mas não é regra. Também nós temos casos do adulto gerar uma criança que não tinha nanismo.”

Aos poucos as pessoas vão se conscientizando e fazendo adaptações não só para as pessoas com nanismo, mas vários segmentos, porque cada deficiência tem sua singularidade e particularidade.

Higor César Ferreira- Repórter e editor do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás

Fotos cedidas por Riviane Dias 

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