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Bonecos de retalho ganham vida em nova animação goiana

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Longa-metragem resgata o valor das emoções em um mundo dominado pelo materialismo e reforça a potência do audiovisual em Goiás

Com estreia prevista para 2026, o longa-metragem de animação Zé Pano e o Sopro da Vida está em fase avançada de produção. A obra, voltada ao público infantojuvenil, propõe um mergulho poético e simbólico em temas como amizade, espiritualidade, diversidade e preservação das emoções em tempos de excessos e egoísmo.

A narrativa se passa em Trapolândia, um universo fantástico onde bonecos de pano ganham vida por meio de botões que representam suas almas. A harmonia do lugar é ameaçada quando uma figura empresarial desenvolve uma máquina capaz de capturar essas almas, desencadeando uma crise existencial. O protagonista Zé Pano embarca, então, em uma jornada de resgate dos valores essenciais da vida.

Segundo os criadores Guilherme e Iuri Araújo, irmãos e sócios do Província Studio, o projeto surgiu da observação cotidiana e de reflexões sobre o vazio provocado pela busca incessante por consumo e poder.

“Queríamos contar uma história que tocasse o público de forma sensível, sem precisar de palavras. Apostamos em uma narrativa sem diálogos, com uma trilha sonora autoral dando suporte as cenas, justamente para estimular uma relação mais intuitiva e profunda com os personagens e seus dilemas”, afirma Iuri, diretor de animação.

Guilherme, responsável pela direção de arte, destaca que a estética artesanal dos personagens — feitos de retalhos e materiais reaproveitados — representa um contraponto à homogeneização visual comum nas animações industriais.

“A alma da animação está nos detalhes visuais e simbólicos. Cada botão, cada costura, carrega significados que despertam a imaginação e convidam à reflexão”, explica.

Com classificação livre e foco no público entre 8 e 12 anos, o projeto também prevê participação em festivais e ações educativas, com oficinas e sessões de exibição em escolas da rede pública. O projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura.

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