SOB NOVA DIREÇÃO, MAS COM OS MESMOS VEREADORES DE SEMPRE: posse de Mabel é marcada por continuísmo fisiologista na Câmara e Secretariado
Ano Novo, prefeitura nova! Pelo menos, era o que desejava para sua cidade 11 em cada 10 goianienses. Porém, amiúde, as mudanças ocorrem para permanever como está, em um ciclo de eterno retorno viciante. Será Sandro Mabel uma antítese, meramente, aparente de Rogério Cruz? A julgar pelos primeiros passos, nós do Movimento Artetetura e Humanismo e do GT Goiânia 2030, que realizemos diversos filmes e docs militantes sobre os problemas de planejamento e governança socioambiental na Gestão Cruz, somos tentados a concluir que sim.
Em 2021, a prefeitura de Goiânia aumentou o valor do IPTU para valores desproporcionais com a realidade de muitos bairros periféricos. Além disso, criou uma série de receitas provenientes de outorgas onerosas através da revisão do Plano Diretor. Tudo isso com conivência e apoio absoluto dos vereadores Anselmo Pereira, Sabrina Garcez e Clécio Alves e, sobretudo, o presidente da Câmara Romário Policarpo, que se tornou guarda patrimonial da governabilidade do prefeito indesejável.
Apesar da arrecadação recorde, a gestão Cruz tem sido crucificada por crises financeiras e administrativas na Limpeza Urbana e Saúde Pública, tendo o secretário de saúde Polara sido preso por medida cautelar. A pergunta que fica é: onde está o dinheiro do contribuinte e quem vai pagar essa conta?
Para piorar o quadro, alguns dos vereadores e secretários fiadores de Rogério, alguns acusados de corrupção como Luan Alves (MDB) foram confirmados como baluartes do choque de gestão proposto pelo prefeito eleito Sandro Mabel.
Marujos de uma empresa que tornou os goianienses náufragos de uma embarcação mambembe, essas raposas visam se distanciar do almirante que a afundou, quando, na verdade, estão atreladas a ele até depois do pescoço, mesmo que não queiram ser amigos dele até debaixo d’ água.
Por outro lado, qual autoridade moral para endireitar as velas terá o próprio Sandro Mabel, que já começará seu mandato com sua chapa do UB cassada, em primeira instância, pela juíza eleitoral Maria Umbelina Zorzetti, da 1ª Zona Eleitoral de Goiânia (GO), que também tornou inelegível o governador de Goiás, Ronaldo Caiado?
Em face desse inóspito e lúgubre cenário, parecido com as ruas da cidade, mal iluminadas e com mobiliário urbano precarizado, constate-se que não haverá nenhum farol para iluminar Goiânia, que seguirá sem uma liderança altiva e austera que coloque nossa municipalidade no rumo certo ético, contábil e administrativo novamente.
Aviso aos naufragantes: não esqueceremos a tragédia criminosa que virou a prefeitura de Goiânia e, que, em tom de continuidade, com Mabel, manterá em cargos importantes, diversos quadros do alto escalão de Rogério.
A opção inicial do novo prefeito de usar presos do sistema penal, para fazer o trabalho que a Comurg não fez, por causa da corrupção, é sugestivo, porque os supostos agentes públicos responsáveis pelo descaso, certamente, não serão detidos por seus crimes de colarinho branco. Eles é que deveriam estar limpando suas “sujeiras”.
Por Artetetura/GYN 2030
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