Para encerrar o mês da campanha Outubro Rosa, dedicado à prevenção e ao combate ao câncer de mama em todo o Brasil, inclusive no estado e na cidade de Goiás, conversamos com a senhora Edna Emos, que enfrentou a doença. Ela compartilhou sua história, falou sobre o tratamento e deixou uma mensagem de incentivo às mulheres
Como e quando você descobriu o câncer de mama?
– Eu me chamo Edna Maria Paixão Emos. No final de março de 2014, descobri um caroço na mama esquerda. Chorei muito, mas logo aceitei que iria passar por uma batalha.
Em que ano foi esse diagnóstico?
– O diagnóstico foi confirmado em 2014, depois que fui para Goiânia e realizei ultrassom e mamografia, que confirmaram o câncer de mama.
Quais foram os primeiros sinais ou sintomas que te levaram a procurar um médico?
– O primeiro sinal foi justamente o caroço na mama esquerda, que me fez procurar ajuda médica imediatamente.
Como foi receber a notícia do diagnóstico?
– Foi um momento muito difícil. Eu chorei bastante, mas em seguida me enchi de fé e coragem. Aceitei o desafio com a certeza de que iria vencer.
O tratamento foi difícil? Que etapas você precisou enfrentar (cirurgia, quimioterapia, radioterapia etc.)?
– Sim, o tratamento foi intenso. Fiz a cirurgia em maio, seguida de 16 sessões de quimioterapia intravenosa, um mês de radioterapia, e depois ainda passei por 10 anos de quimioterapia oral. Terminei esse tratamento em novembro de 2024.
Você contou com o apoio de familiares e amigos durante esse processo?
– Sim, tive o apoio da minha família e de amigos, o que foi fundamental para me manter firme e confiante em todo o processo.
Em que momento você sentiu que estava vencendo a doença?
– Desde o início eu sentia no coração que ia vencer. Sempre acreditei que Deus estava comigo e que essa luta teria um final vitorioso — e graças a Ele, venci.
Hoje, você se considera curada?
– Sim, hoje estou curada, graças a Deus.
Ainda realiza algum tipo de acompanhamento médico ou tratamento de manutenção?
– Sim, continuo fazendo acompanhamento oncológico e, todos os anos, realizo mamografia e ultrassom.
O que mudou na sua vida depois dessa experiência?
– Essa experiência me tornou mais forte para enfrentar a vida. Aprendi a valorizar cada dia, a cuidar mais de mim e a ter fé diante das dificuldades.
Qual mensagem ou recado você deixa para outras mulheres sobre a importância da prevenção e do autocuidado?
– Para quem está passando por esse momento, seja forte. Tenha sempre em mente: “Isso não é meu, não me pertence, e eu sou vitoriosa.”
E para todas as mulheres, deixo um recado muito importante: previna-se! Não deixe de fazer seus exames todos os anos. O diagnóstico precoce faz toda a diferença.
Veja abaixo as pesquisas e informações sobre a mortalidade do câncer de mama, no Município de Goiás:
Os dados mais detalhados sobre o câncer de mama, a nível municipal, são encontrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e são disponibilizados pela SES/GO no Mapa da Saúde.
📈 Taxa de Mortalidade por Câncer de Mama na cidade de Goiás
O indicador de mortalidade por câncer de mama em mulheres, para o município de Goiás, para o ano de 2021 (dado mais recente encontrado no Mapa da Saúde):
-
- Município de Goiás (Goiás-GO ): 16,67 óbitos por 100 mil mulheres.
📍 Contexto Regional e Estadual
Para comparação, observe a diferença entre o município, a média estadual e a região:
| Localização | Taxa de Mortalidade (por 100 mil mulheres) | Fonte / Ano |
| Goiás (Goiás-GO) (Município) | 16,67 | SES/GO – Mapa da Saúde (2021) |
| Macrorregião Centro-Oeste (Onde está o Munícipio de Goiás) | ~22,0 (Pico) | SES/GO – Boletim Epidemiológico (2024) |
| Goiás (Estado) | 15,9% (Proporção do total de óbitos por câncer) | INCA/SES/GO (2021) |
Higor César Ferreira- Repórter e editor do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás
Fotos cedidas gentilmente por Edna Emos
Foto da capa por Marly Mendanha






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