“CANTAI, SEMPRE CANTAI” Eis a mensagem de Maria Ludovico de Almeida e Silva às futuras gerações. Uma vilaboense ilustre, Maria Ludovico de Almeida e Silva, é a homenageada nesta coluna de dezembro pelos relevantes serviços prestados à Cultura do Estado de Goiás. Nasceu na cidade de Goiás, antiga Vila Boa em 23 de agosto de 1934, filha de Salvador Ludovico de Almeida e Rita de Cássia Assis Almeida.
Em sua vida profissional, se fez musicista, como Livre Docência e Doutorado em Teoria Musical e Solfejo. Realizou inúmeros cursos de extensão em História da Música, Apreciação Musical, Didática do Piano, Interpretação Musical, Técnica Pianística, Didática do Ritmo e Som, Música Contemporânea, Técnica Vocal e Pedagogia do Piano, entre outros. Fez curso de pós-graduação em Piano em nível de Mestrado, na UCG e foi Professora do Instituto de Artes da UFG por inúmeros anos. Tomou posse, como titular da Cadeira 25 e membro fundador da Academia Feminina de Letras e Artes (AFLAG), em 9 de novembro de 1970. Participou de inúmeros recitais, principalmente nos anos 60. Tem vários trabalhos de pesquisas musicais publicados em revistas especializadas em música e anuários da AFLAG. Pertenceu ao Coral da UFG e à Orquestra Feminina do Conservatório de Música de Goiás. Acadêmica assídua, está sempre disposta a apoiar as iniciativas da Diretoria, ora interpretando peças musicais ao teclado, ora acompanhando sua filha Ana Rita ou uma acadêmica, ao interpretarem, com suas belas vozes, as modinhas goianas em reuniões culturais ou saraus.
É membro da UBE (União Brasileira dos Escritores-Seção Goiás), da Academia Nacional de Música e da Academia Internacional de Música do Rio de Janeiro. Em 1996 recebeu Diploma de Honra ao Mérito da Escola Estadual Prof.ª. Colombina Caiado de Castro, da cidade de Goiás. Entre seus trabalhos, publicou os livros: Música Sacra em Vila Boa de Goiás; Suíte – sua origem e desenvolvimento, A estética na obra musical e Músicas e Tradições Religiosas em Vila Boa de Goiás (2017).
Contudo, inúmeros amigos intelectuais fizeram parte de sua trajetória como Belkiss Spenciere Carneiro de Mendonça; Maria Lucy Veiga Teixeira; Maria Luiza Póvoa da Cruz; Francisco Ludovico de Almeida Neto; José Ludovico de Almeida; Mauro Borges Teixeira; Colemar Natal e Silva; Maria do Rosário Cassimiro; Neli Alves de Almeida; Ana Braga; Rosarita Fleury; Narcisa Cordeiro; Regina Lacerda; Jean François Douliez; Regina Célia de Castro Quinta; Wanda Fleury Amorim; Heddy Iracema Wascheck; Maria das Dores Ferreira Aquino; Heloísa Barra Jardim; Honorina Barra Santana de Souza; Edilberto Da Veiga Jardim Filho; Elder Camargo de Passos; Fernando Cupertino; Consuelo Quireze; Dr. Paulo Cesar Brandão da Veiga Jardim; Amália Hermano; Armênia Públio de Souza entre outros.
Maria Ludovico de Almeida e Silva na Igreja da Abadia.
Maria Ludovico e os integrantes do Canto do Perdão Masculino na Igreja da Abadia, na foto consta sua filha Ana Rita Ludovico, 2024.
Aos 90 anos, dona Maria Ludovico reside na capital Goiânia, é um nome que não pode ser esquecido na história da música goiana, sua dedicação em resgatar e preservar essa rica tradição musical é um legado inestimável para a memória de nosso povo goiano.
Confrades e confreiras de diversas instituições deixaram uma mensagem á ilustre dama da música goiana:
Maria Ludovico de Almeida e Silva, mestra da música, nasceu na Cidade de Goiás -GO foi despertada nesta arte por sua mãe Rita de Cássia de Assis de Almeida, vilaboense, outrora cantora nos coros das igrejas de sua cidade. Maria, de rara musicalidade, expressa seu talento tanto nos instrumentos piano e órgão, como também no canto. Destaca-se como professora de teoria e solfejo. Possui Mestrado, Doutorado e Livre Docência cuja tese “Aprimoramento do ouvido através da modulação e dos sons simultâneos”. Possui obras publicadas como Estética na Obra Musical, “Música e Tradições Religiosas em Villa-Boa de Goyaz. Temem andamento um extraordinário trabalho sobre “Ouvido e Leitura” estudando os cantores que embora excelentes cantores, desconhecem a leitura musical. Maria ao piano ou órgão, cantando com sua bela voz, é uma estrela. (Maria Augusta Calado – Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás – AFLAG)
Em todos esses eventos há destaque para atuação admirável de Maria Ludovico de Almeida e Silva e de sua filha Ana Rita de Almeida Ludovico e Silva que abrilhantam qualquer evento em que se rememore a música goiana de nossos antepassados. A professora Maria Ludovico de Almeida e Silva carrega no sangue e na alma o amor pela terra goiana e por nossas mais legitimas tradições. (Bento Fleury, Instituto Histórico e Geográfico de Goiás- IHGG)
Para o compositor Ludwig van Beethoven “A música é o vínculo que une a vida do espírito à vida dos sentidos. A melodia é a vida sensível da poesia”. É nesse contexto da sensibilidade poética, travestida nas melodias da vida que a obra e a existência da acadêmica Maria Ludovico de Almeida e Silva se inserem. Ela integra a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás – Aflag, a Academia Nacional de Música e a Academia Internacional de Música do Rio de Janeiro. A musicista, pesquisadora e escritora nasceu na Cidade de Goiás – Goiás. É Doutora e Livre Docente em Teoria Musical e Solfejo. É Mestra em Piano pela Universidade Católica de Goiás, atual, Pontifícia Universidade Católica de Goiás. É membra fundadora da Aflag, onde ocupa a Cadeira nº. 25. Tomou posse no dia 9 de novembro de 1970, um ano após sua fundação, ocorrida nessa data, em 1969. Aflagueana atuante, Maria Ludovico participa de inúmeros recitais, desde a década de 1960. Está sempre presente nos saraus promovidos pela Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, acompanhando, ao piano, as vozes das acadêmicas, em especial de sua filha, também aflagueana, Anna Rita Ludovico Ferreira Bromonschenkel. Incansável pesquisadora musical, Maria Ludovico de Almeida e Silva, possui inúmeros trabalhos publicados em revistas especializadas em música e nas revistas da Aflag. Pertence à União Brasileira de Escritores – Seção Goiás. (Elizabeth Caldeira Brito – Presidi a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás – AFLAG).
Para a Cidade de Goiás falar de Maria Ludovico é rastrear o desejo do aprender as músicas regionais sacras e populares cantadas por aqueles que contemplam as lembranças os cabedais instrutivos, purificadas por técnicas e aperfeiçoamentos. Mulher de respeito para as pessoas que estão nas condutas de trautear cânticos seculares de Goiás, como exemplo os componentes que solfejam o Canto de Perdão Masculino da Igreja D’Abadia na Semana Santa que anualmente são acompanhados por sua munificência. (Adriano Alcântara de Almeida, Sede de Santa Luzia- Cidade de Goiás).
Um agradecimento especial a Ana Rita Ludovico, Bento Fleury, Maria Augusta Calado, Adriano Alcântara e Elizabeth Caldeira Brito pela contribuição com a matéria.
Fotos: Ana Rita Ludovico/Liemar Vidigal
Texto por Matheus Nunes
Matheus Nunes da Silva Brito é o responsável pela coluna “Cultura Goiana na Mídia”. Ele fala sobre cultura, tradição e turismo do Estado de Goiás.
Matheus Nunes da Silva Brito é escritor e pesquisador, natural de Matrinchã/GO, sócio nas instituições ICEBE/CILA/GLG/Alcanorte e UBE-GO.
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