Leitoa a pururuca, um grande torresmo te espera.
Sempre relutei em dar essa receita, pois cada um tem seu modo de “Pururucar” a leitoa, uns mais tecnológicos, outros (assim como eu) mais tradicionais. E cozinheiro é um “Bicho” que não gosta de ser questionado. Bem, um amigo me pediu e vou ensinar assim
como aprendi com minhas avós mineiras. Uma de Pompéu e outra de Conquista MG.
Dicas:
• Nunca use papel alumínio nela toda. Só nas orelhas, “Fucinho” Rabinho, e pezinho.
• Se for fazer ela assada inteira, o céu da boca fica quebrando com um martelo, retire os miolos, cortando os ouvidos internos, lavando muito bem tudo com muito limão china (limão cravo, rosa capeta).
• Temperos: alho socado com sal, limão, pimenta do reino, pimenta malagueta, uma latinha de cerveja, umas duas folhinhas de louro, acerte o sal.
Se for assar os “quartos” deixe a pele por cima.Não cubra com papel alumínio.
• Pode fazer com pernil com pele.
• Marinada: deixe de molho nesse tempero guardada num saco plástico dentro da geladeira por 24hs.
Agora começa: Arranje uma forma grande, e nela coloque dois tijolos comuns enrolados em papel alumínio. Sente a leitoa. Coloque os tijolos dentro da leitoa isso fará com que ela asse de dentro pra fora por causa do grande calor dos tijolinhos. Enrole as orelhas, os pezinhos, e a ponta do “fucinho” pra não queimar, Se quiser que ela fique com a boca aberta coloque uma pedra enrolada em papel alumínio. Asse em forno baixo, tire a grade e assente a forma direto na folha do forno do fogão. Comece a assar cedo pra ficar pronto na hora do almoço.
Assou? Como Saber? O cheiro e a pele fica bem seca, agora é hora de Pururucar:
Esquente dois litros de óleo até sair fumaça e com uma concha (e com muito cuidado) vá despejando encostada a concha na leitoa devagar. Ao derramar a pele vai “Pururucando” Virando um torresmo.
Termine, volte o óleo pra panela esquente de novo e repita o processo. Deixe escorrer. Coloque a maçã ou o limão na boca se quiser e tá pronta! Acompanha arroz branco, farofinha de banana frita, abacaxi em rodela e uma saladinha de alface ou couve.
Sou o Prof. Dr. Rafael Lino Rosa e essa receita é aperfeiçoada por mim
Foto do Acervo de Rafael Lino Rosa
Rafael Lino Rosa é colunista do Jornal Imprensa Criativa, responsável pela coluna “Cantinho da Culinária Goiana”. Toda semana ele fala sobre a gastronomia do Estado de Goiás, mostrando o melhor da culinária.
Professor Dr. Rafael Lino Rosa é goianiense, é Filósofo com licenciatura plena pela UCG. É mestre e Doutor em Ciências da religião pela PUC-GO. Além de Teólogo , pesquisador, e escritor com quatro livros publicados sobre a religiosidade do povo Goiano e do Vilaboense. Possui uma página no Facebook desde 2013, destinada a troca de conhecimento sobre a cultura goiana. “O Cantinho Goiano” Gastronomia, Artes e Cultura. Com mais de 20 mil membros. Rafael Lino Rosa é Comendador do Estado de Goiás pela Ordem do Mérito Anhanguera pelos relevantes serviços prestados continuamente sobre a cultura do estado. Foi colaborador da Obra Cozinha Goiana de Bariani Ortencio tendo receitas de suas pesquisas publicadas nas últimas edições do livro. Atualmente é professor da Escola de Artes Plásticas Veiga Valle da Cidade de Goiás, cronista e colaborador em diversos jornais e periódicos no Brasil. Reside na Cidade de Goiás.
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