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A SOFRÊNCIA COMO EFEITO DO CORNOURBANISMO, CORNOPOLÍTICA E CORNOMUSIC: Goiânia tirou 0 na Prova dos 9 do  Urbanismo Sustentável do Grupo “Goiânia 2030”

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1) Revisão do Plano Diretor em 2022 pra atender aos interesses escusos do capital rentista que se transveste de movimento social por meio de grupos comunicacionais de direita, servindo como estratégia de marketing político de políticos conservadores e empresariais de incorporadoras imobiliárias patrocinadoras dos programas desse determinado grupo. O problema do deficit habitacional e habitação social são colocados em último plano, deixando o mercado rentista gestrificador empurrar pretos e pobres para não-lugares, áreas periféricas e descentradas da região metropolitana, mal providas de equipamentos públicos de segurança, saúde, educação, cultural e lazer.

2) Projetos marketeiros de arborização estética de ruas da cidade pela atual administração municipal sem uma perspectiva integrada de redução de carbono por meio de fiscalização e educação ambiental, políticas sustentáveis de energia renovável e lixo zero, bem como, de gestão territorial da infraestrutura e segurança pública dos parques verdes; 

3) Irrisórios aumentos de salários e pagamentos de data-base de professores e realização de concursos públicos com salários risíveis em 2021 e 2022 (ainda não convocados em sua totalidade), como forma empreguista de camuflar os aumentos abusivos de impostos, na tentativa de criar uma clientela de apaziguados políticos dependentes da prefeitura, à exemplo da barganha rotativa com cargos concedidos para vereadores e seus indicados, em troca de apoio político;

4) Apologia ao álcool no sertanejo “universitário” (apesar das Letras revelarem falta de bagagem poética e cultural) como medicina eficaz contra dor de cotovelo, com possível impacto para o SUS no tocante à casos de doenças hepáticas, enquanto distribuidoras de bebidas e cigarros se reproduzem por partenogênese; bem como monopolização dos espaços sonoros dos estabelecimentos públicos e comerciais por músicas e rádios sertanejas, como subproduto da hegemonia econômica e política da classe ruralista que secundariza a identidade  musical eclética goianiense, goiana, brasileira e global, que incluí também este gênero, mas não só;

5) Centralização regional e verticalização arquitetônica da capital com espigões, invisibilizando a paisagem horizontal da cidade, em face ao aumento infinitesimal da demanda comercial por moradia, em parte, por uma classe terra-tenente  sedenta por ostentar lucros, por vezes passivos, advindos, amiúde, do arrendamento da terra para soja ou pasto para grandes players do Agronegócio;

6) Inúmeros projetos descontinuados de revitalização modernizantes do Centro Histórico como projeto tácito de apagamento da memória urbana moderna da cidade, o que resulta na descaracterização, alteração e demolição criminosa do seu patrimônio edificado tombado e ou tombável, reforçando a ruralização cultural da cidade -, cujo Palácio estadual sediado na Praça para onde converge a cidade é habitado por membro da família de latifundiários coronelistas para a qual a nova capital pretendia ser um escudo, o nosso excelentíssimo governador não de Goias, mas só da cidade de Goiás.

7) Histório de desafetação de áreas públicas, verdes e abertas reservadas para construção de equipamentos como parques, praças, jardins de representação, áreas de escolas, postos de saúde, playgrounds, esportes e lazer, por meio de doações e vendas estatais a grupos de interesses religiosos e econômicos, bem como grilagens urbanas, inclusive por incorporadores imobiliários, que chegavam a fraudar mapas em cartório de registro de imóveis;

8) Fato-mito de origem dos irmãos Coimbra da Coimbra Bueno e Cia. Ltda. terem desvirtuado o plano original de Attilio Corrêa Lima do Centro Histórico, o que resultou em uma cidade alheia aos parques e praças. Fora alienada a mata densa de vocação ambiental ao longo do Capim Puba até a foz no Botafogo, comprometendo a preservação dos mananciais e parques lineares, em função de loteamentos irregulares em áreas de risco, inclusive, até as margens do Botafogo, Areião e Vaca Brava;

9) Abandono do patrimônio histórico (arquitetônico e artístico), do mobiliário urbano, arte pública e cultura material, sobretudo do Centro, por meio de falta de políticas públicas culturais de educação e salvaguarda patrimonial, inclusive, no tocante, ao fomento e preservação de acervos esculturais, que tem sido constantemente alvo de depredações (Siron Franco na Praça Cívica e Osmar Souto no pátio do Diário da Manhã). 

Podemos mudar esta situação urbana e política causada pelos poderosos da política, do mercado e da cultura, até 2030 para que nossa população não seja mais traída e roubada, porque foi aprovado empréstimos de 71 milhões (ou foi 171?) pelos vereadores em março de 2024 para uma pajelança de gastos públicos há menos de 6 meses da corrida eleitoral

Encaminhe suas ideias e pautas para o grupo Goiânia 2030, por meio do número 62 98590 0918 (Le Blue).

Texto e fotos por Fred Lee Blues

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