O projeto de lei foi criado pelo Deputado estadual Coronel Adailton, em abril de 2022, a Lei n° 21.729 de 20/12/2022 foi sancionada pelo Governador de Goiás, Ronaldo Caiado.
A pamonha é um dos pratos típicos da culinária goiana, faz parte da tradição cultural de estado. Não se sabe ao certo onde surgiu a pamonha, mas a palavra vem da língua tupi, pamunã, que significa pegajoso, na língua tupi-guarani, a pamonha vem da palavra apá-mimõia, que significa envolvido e cozido.
No tempo chuvoso é comum as famílias e amigos se reunirem para fazer as pamonhadas, nome que refere ao ato de fazer as pamonhas, hábito comum também na cidade de Goiás.
Tem todo um ritual para fazer as pamonhas, a começar com os balaios ou sacos de milhos, que muitos vão buscar nas plantações ou compram dos agricultores, após descascar e tirar os cabelos das espigas, o milho é ralado, virando uma massa que é temperada a gosto (com açúcar e queijo para as de doce e as de sal são ingredientes como carne, linguiça, pimenta e outras especiarias, inserindo dentro da própria palha do milho para ser cozida em água bem fervente.
As pamonharias, lanchonetes e congêneres vendem pamonhas o ano todo, é comum principalmente na cidade de Goiás, comerciantes que saem pra vender as pamonhas em seus carros, passando por várias ruas da cidade.
O Deputado estadual Coronel Adailton é o autor do projeto de lei que tornou a pamonha como patrimônio cultural imaterial de goiás, ele fala sobre a importância de reconhecer esse prato de Goiás como patrimônio dos goianos:
‘’Nada mais justo que reconhecer a pamonha como patrimônio cultural goiano. Presente na nossa culinária, ela faz parte da memória afetiva dos goianos e é o ganha pão de milhares de famílias. Só no Estado são mais de 11 mil pamonharias registradas na Junta Comercial de Goiás (Juceg).’’, diz o parlamentar.
‘’Mas, muito além de um empreendimento, a pamonha, graças ao seu processo de produção, promove encontros sociais. É muito comum ver por todos nosso Estado reuniões familiares para promover pamonhadas. É um costume ainda mais presente quando falamos do interior. Em muitos lugares, é um dos momentos mais esperados do ano. É quando as famílias e amigos se reúnem para a colheita do milho e o preparo da iguaria. O ato de comer, como já provaram os antropólogos, possui uma importante significação social. Reforça os laços em comum e auxilia a preservar a memória coletiva transmitida de pai para filho.’’, conclui o Deputado Adailton.
Higor César Ferreira- Repórter e editor do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás
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