Patrimônio imaterial da antiga capital do estado de Goiás, o doce artesanal é produzido a partir da forma de desenrolar o coco, as chamadas fitas de coco, em formato de rosas/flores e com cores variadas.
A vilaboense Alice Belle Velasco criou a rosinha de coco (chamada de flor de Coco e flor de açúcar) nos anos 70, a partir de um curso da doceira vilaboense Maria Augusta Damasceno. Dona Alice se inspirou na cocada de fita, chamada de aranha de coco.
A primeira encomenda de Dona Alice foi para um casamento, ela não cobrou a mão de obra, só os ingredientes, foram 1000 rosinha feitas. Com o sucesso desse doce artesanal ela ficou conhecida por essa invenção e foi homenageada diversas vezes.
Taline Veslasco, neta de Dona Alice continuou o trabalho artesanal das rosinhas de coco, há 9 anos, sua avó parou de produzi-las há quase 20 anos, por problemas de saúde.
‘’Passei minha infância observando minha avó produzindo as rosinhas, ela trabalhava dia noite. Na verdade, ela nunca me ensinou, muita gente pergunta sobre essa informação.’’, comenta Taline.
A neta da criadora das rosinhas de coco conta que sua mãe, dona Neusa Velasco, a incentivou a continuar essa tradição familiar:
‘’Minha mãe ajudava muito minha vó, hoje ela me ajuda a cipiar( tirar as fitas do coco) o coco, na verdade o equipamento é a plaina, mas minha vó chama de cipio, ao certo não sei onde ela tirou esse nome.’’, conclui Taline.
Igualmente Dona Alice, Taline profissionalmente também tira o seu sustento do doce artesanal rosinha de coco, continuando o legado da avó. Dona Divina, dona Augusta, Adriana, Elaine e Aloisio Godinho aprenderam também a fazer as rosinhas de coco.
Higor César Ferreira- Repórter e editor do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás
Fotos cedidas gentilmente por Taline Velasco
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