Conversamos com o coordenador da Festa do Divino e Presidente da Organização Vilaboense de Artes e Cultura-OVAT, Rodrigo Passarus, sobre a história dessa festa religiosa católica, que acontece desde 1728, na cidade de Goiás, mas desde 1873 a Festa do Divino ganhou o glamour e a sucessão do Imperador e reinado, com 6 capitães de mastro, o alferes da bandeira e 9 novenários.
A cada ano o Imperador e reinado são escolhidos por sorteio, no último dia da festa, no domingo de Pentecostes.
História
Em 1834, o Imperador Dom I doa uma coroa para a Festa do Divino para a cidade de Goiás, levada pelo Presidente da Provincia, José Rodrigues Jardim a Catedral de Sant’ Ana.
Em 1874, o Cónego José Irias Serra Dourada introduz a Festa do Divino Espírito Santo nos moldes atuais, com sorteio do Imperador e cargos do reinado, em 1950 foi inserido os novenários, para a festa ficar mais aberta ao povo. Desta forma a Festa ficou mais esplendorosa.
O Conégo José Irias também foi responsável pelo hino do Divino Espírito Santo, chamado também de hino de Pentecostes, cantado durante a novena, no dia da serenata e especialmente no dia do encerramento da festa.
Entre os anos de 1984 e 1985, foi implantado a entrega de cestas básicas as famílias que necessitam, o dinheiro para comprar as cestas vem das folias, que acontecem a partir do domingo de Páscoa, chamado de pedido de esmola, onde os foliões levam a bandeira e a coroa, representando o Divino Espírito Santo na casa dos moradores vilaboenses.
Até a década de 80 era distribuído refeições e salgados, nos dias de hoje é comum um jantar e show musical na porta da casa do Imperador, no domingo de Pentecostes, após a missa e procissão luminosa.
Este ano, a Festa do Divino Espírito Santo está sendo realizada no Santuário de Nossa Senhora do Rosário, pelo fato da Catedral de Sant’Ana está sendo reformada. O altar e trono dessa festa foi montado por Rodrigo Passarus e Geovany Martins.
Origem
A Festa do Divino Espírito Santo tem origem na Península Ibérica (Portugal e Espanha), no século XIII. A Rainha D.Isabel, a rainha que virou santa posteriormente era muito católica, de uma fé inabalável e caridosa, mas enfrentava problemas com o marido e disputa pelo poder de Portugal.
Em uma noite sonhou com o Divino Espírito Santo, pedindo a ele uma intercessão por Portugal, ela prometeu ao Divino uma Igreja, ela também doou uma coroa para mostrar que Deus tinha o maior poder sobre sua nação.
A partir desse momento a Festa do Divino Espírito Santo começou a se espalhar para outros lugares da Europa e pelo mundo, principalmente por lugares colonizados por Portugal e Espanha.
Higor César Ferreira- Reporter e editor executivo do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás
Fotos cedidas por Rodrigo Passarus e Geovany Martins
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