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Gatilhos Emocionais e Mentais- Coluna Marly Mendanha

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Em linguagem figurada, no contexto emocional e mental, os gatilhos são “armas psicológicas” que podem ser ativadas em forma de mensagens, mensagens estas que podem provocar imediata ação ou reação. De forma literal, o gatilho é uma pequena peça do fecho em uma arma de fogo, mas hoje, este termo aqui em questão, está diretamente ligado à saúde mental.

Nossa mente é bastante complexa e é estudada por partes, partes que formam um todo. Assim, o modelo da mente humana, é representado pelo consciente, subconsciente e o inconsciente. A mente consciente é percebida através dos nossos sentidos e é nela que passamos boa parte do tempo .O subconsciente, está localizado abaixo da consciência e com frequência pode ser acessado. Se por exemplo, quando pensamos na roupa que usamos ontem, isso logo poderá ser lembrado porque esta memória ficou arquivada no subconsciente, então, pensamos um pouco e logo nos lembramos.

O inconsciente é um arquivo maior, ou seja, é o maior arquivo da mente. Ali estão os registros, os informes acontecidos ao longo da vida e é um arquivo de significativa restrição ao acesso, estando este, abaixo da memória de fácil acesso. Segundo Freud, o inconsciente possui mecanismo de proteção, uma vez que é neste arquivo que ficam as memórias dolorosas, traumas, repressões e outras. Sendo este, o inconsciente, a principal fonte de muitos malefícios emocionais, de atitudes e tomada de decisões, em função do conteúdo ali armazenado, dependendo da vivência de cada pessoa.

Um cheiro, um local, uma fala, uma imagem, um comportamento ou mesmo uma música, podem trazer à tona ou despertar esse tipo de memória onde a pessoa revive experiências a ponto de sentir sintomas semelhantes aos que foram vividos na ocasião. Esta alavanca ou estopim, são os tão falados gatilhos, que agem diretamente no cérebro e dependendo da intensidade, podem gerar ansiedade, pânico, sentimento de culpa, inferioridade, dentre outros. Como vimos, muito da saúde física ou mental depende do que está armazenado na mente, por isso, o que causa desconforto ou incômodo merece uma atenção, independentemente da idade. Em muitos casos, a ajuda de um profissional especializado é fundamental para a melhora da qualidade de vida, saúde e bem-estar.

Também praticar atividades prazerosas, reconhecer potencialidades através do autoconhecimento, podem ser recursos aliados neste sentido, e que irão ressignificar e nortear novos rumos a caminho do hormônio da felicidade.
Portanto, para nossa reflexão, finalizo este com as palavras de Carl Gustav Jung:
“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamar isso de destino”.

Texto por Marly Mendanha
Pós-graduada em Língua Portuguesa, Formação Socioeconômica do Brasil, Artista Plástica e Documentarista.

Obra da foto por Bavani

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