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Alfenim, um doce típico da cidade de Goiás 

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O alfenim chegou no Brasil trazido pelos portugueses, o fazer desse doce foi se espalhando pelas primeiras cidades do Brasil Colônia, principalmente nas vilas e lugares do ciclo do ouro, chegando na antiga capital do estado de Goiás no século XVIII. O doce se tornou símbolo da culinária e da história vilaboense e goiana. 

Alfenim é uma palavra de origem árabe: ‘’al-fānīd’’, que significa branco, o alvo, o puro 

Segundo o Prof. Rafael Lino Rosa não existe uma data especifica que o doce chegou em Goiás, ou quem trouxe, mas ele relata que: 

‘’As mulheres da família Albuquerque Pereira têm uma tradição de passar de geração pra geração o alfenim em Goiás, são elas que descendem diretamente de famílias portuguesas. Eu aprendi a fazer o alfenim com a Dona Elba Sarmento em Goiânia, neta da Dona Quinha, duas gerações delas já faziam o alfenim.’’ 

Ele conta que aprendeu a fazer o alfenim em Goiânia, antes mesmo de morar na cidade de Goiás e ensinar a fazer o doce. O prof. Rafael está com a terceira turma do curso de alfenim, na Escola de Artes Plásticas Veiga Valle, na cidade de Goiás. 

Dona Getúlia Santana, Dona Quinha Albuquerque, Neguita Albuquerque e Dona Constantina (conhecida por ser da Rua da Abadia) foram importantes doceiras de Alfenim em Goiás, hoje temos Dona Silvia Curado. 

De acordo com Elder Camargo de Passos, cada doceira se especializava em uma forma de fazer o alfenim, cada uma tinha sua assinatura, por exemplo: Dona Quinha fazia os alfenins em forma de homenzinho, tanto que na inauguração de Brasília, em 1960, o Presidente Juscelino Kubitschek foi presenteado com uma aldeia Karajá, em alfenins. 

A doceira Getúlia Santana era excelente em fazer alfenins em forma de frutas, como manga, cajuzinho abacaxi e outras. 

As informações que o Professor Rafael Lino Rosa passou, fazem parte de uma pesquisa que Maria Augusta Calado de Saloma Rodrigues e Elder Camargo de Passos fizeram na cidade de Goiás, sobre o alfenim, em 1982, essa pesquisa foi para a Revista goiana Artes do Instituto de Artes da Universidade Federal de Goiás. 

Fonte: Professor Dr. Rafael Lino Rosa e Revista Goiana de Artes, Vol.3, n.1- jan/junho, 1982 

Higor César Ferreira- Repórter e editor do Jornal Imprensa Criativa cidade de Goiás 

Fotos: Vinícius Seixo de Brito e Prof. Rafael Lino Rosa 

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